“O curso é uma delícia, melhorei na cozinha, ajudou a aumentar a renda familiar. Adorei fazer o curso, e enquanto tiver saúde e Deus permitir eu buscarei aprender. Estou muito feliz”, explicou o senhor Nivaldo Ferreira, único homem da turma do curso de Cultura da Mandioca: Produção e Alternativas de Comercialização, iniciado em setembro de 2014. A capacitação foi oferecida pelo projeto Ciranda Viva Recôncavo, em parceria com oInstituto Federal de Ciências e Tecnologia Baiano (IF Baiano). O projeto certificou 19 alunos em uma cerimônia realizada no auditório do IF Baiano – Campus Catu, na terça-feira (16).
A cerimônia emocionou e marcou o começo de uma nova etapa na vida dos formandos. O curso, que teve como objetivo transmitir informações sobre técnicas de cultivo, variedades de maior rentabilidade, qualidade de subprodutos e formas de comercialização da mandioca, foi divido em seis módulos, sendo eles: Empreendedorismo; Técnicas de cultivo para cultura da mandioca; Normas de higiene no ambiente de trabalho; Processamento de Mandioca; Segurança do trabalho; e Laboratório Gastronômico.
Para a coordenadora do IF, Sandra Cerqueira, a evolução dos formandos é evidente e entusiasmante tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. ” Eu vejo um interesse muito grande da parte delas. Elas se dedicaram e se identificaram, principalmente com a parte de gastronomia. Elas queriam aprender coisas novas e isso é realmente bom”, comentou Sandra.
Ainda de acordo com Sandra, havia uma organização entre a turma e os professores e uma divisão de tarefas para realizar a atividade prática. Assim, o trabalho ficou ainda mais profissional. “Temos profissionais que desenvolvem o produto com qualidade e organização”, concluiu a coordenadora.
A cerimônia de certificação contou com a presença do prefeito de Catu, Geranilson Requião, do diretor da Petroreconcavo, Marcelo Magalhães, da gerente geral da AVSI Brasil na Bahia, Lareyne Almeida, e do diretor do IF Baiano, Osvaldo Brito, que formaram a mesa para a entrega dos certificados. Além deles, prestigiaram o evento: o gerente da Petroreconcavo, Davi Carvalho, a analista de Responsabilidade Social da Petroreconcavo, Ganesha Melo, a gerente de projetos da AVSI Brasil, Marcelle Andrade, o secretário de Agricultura, Eraldo Santana, o vereador João do Ônibus e a diretora do departamento Agropecuário, Mariluce Silva.
Para os participantes da mesa, o projeto trouxe novas perspectivas para a comunidade rural da cidade, além de promover a inclusão social e a qualificação para os produtores de mandioca da região, melhorando assim a comercialização do produto.
Regina de Santana, uma das concluintes do curso, foi a escolhida para representar a turma e expressar o orgulho e e as melhorias profissionais que a capacitação trouxe para todos do grupo. “ Agradeço a Deus primeiramente e a todos da turma, porque esse curso para mim foi uma dádiva. Eu estava com um problema muito sério de saúde, eu tive depressão, e graças ao curso estou bem. Foi um dos motivos da minha melhora”, revelou D. Regina, emocionada.
“Aprendi muita coisa aqui, eu só sabia fazer farinha e beiju e através desse curso eu já aprendi muita coisa, e espero seguir em frente, eu não vou parar”, prosseguiu a formanda, que ainda fez um apelo para os responsáveis do curso: “Peço que quem ajudou a gente neste curso, quem promoveu, por favor, continue ajudando as pessoas, porque não é só esse grupo que precisava, tem muita gente por aí precisando”. Regina também deixou uma mensagem de estímulo para seus colegas. Pediu para que ninguém perdesse a fé e que sempre buscassem lutar com muita coragem.
Após a cerimônia, os convidados tiveram a oportunidade de experimentar alguns dos pratos que a turma aprendeu durante o curso. No cardápio, havia bolos, caldos, sequilhos e pães. Tudo produzido com mandioca. Antes de servir, as alunas Manuela Gonçalves e Caetana de Jesus explicaram os pratos e seus preparos.
O projeto Ciranda Viva Recôncavo trabalhará na região até 2018 e pretende continuar a oferecer cursos profissionalizantes, além de articular parcerias para o desenvolvimento das comunidades através do envolvimento dos diversos stakeholders, fortalecer a capacidade de gestão e elaboração de projetos das organizações comunitárias e dos grupos produtivos, criar um centro de desenvolvimento integrado (educação, esporte, cultura e formação profissional), incrementar oportunidades de trabalho formal e de renda para moradores locais e apoiar a economia local por meio da diversificação dos setores de produção (agrícola e serviços).
