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Conclusão de turma é marcada por projeto de intervenção na comunidade

Alunos debatem temas sociais e encerram aulas com a entrega de trabalhos lúdicos

Na última sexta feira (17), os alunos do Semeando Ciência no Pacto Pela Vida apresentaram à comunidade o resultado do trabalho de intervenção feito no bairro da Federação, em Salvador (BA). As apresentações realizadas no teatro IRDEB contaram com a plateia formada por moradores da localidade e familiares dos alunos. Como forma de incentivar a cidadania, o evento trocou ingressos por dois quilos de alimentos que serão doados para instituições socais do local.

Cada turma trabalhou com uma questão social e uma plataforma de apresentação. os alunos do turno matutino produziram o curta metragem “O que a baiana não tem”, para abordar a violência contra a mulher. Através de depoimentos de mulheres do bairro, a produção mostrou quais dificuldades elas enfrentam na sociedade e sua opinião sobre o tema. A jovem Valéria Isis, que participou do vídeo a produção do curta, se mostrou satisfeita com o resultado do trabalho. “É realizador saber que tudo que você pesquisou, tudo que você colocou no papel, foi destacado e abordado”, afirmou Isis.

A turma do turno vespertino discutiu o uso de drogas e, com a encenação de uma esquete interativa, abordou o assunto através de um julgamento. A história sobre um adolescente infrator foi contextualizada para debater o momento político do país e discutir a lei da redução da maioridade penal. O papel de júri e o desfecho da história foi determinado pelo público, que ficou empolgado por poder interagir com as apresentações.

Igor Santana, que interpretou o promotor, falou da experiência vivida durante a construção do trabalho e da influência do projeto nas periferias do município. Para Igor, o projeto é um parceiro da comunidade que contribui para uma melhor perspectiva de vida social e profissional dos jovens de baixa renda. Programas como esse ajudam o desenvolvimento comunitário e para o aluno é uma forma de tirar crianças e adolescentes da marginalidade. “Esse projeto que a gente participa é um dos parceiros que modifica jovens como os representados na peça. Que projetos como este possam ser executados mais e mais para tirar os jovens das ruas”, concluiu Igor.

Os alunos trabalham durante dois meses na construção dos projetos finais, com a orientação do professor Pedro Ivo, que ao final das apresentações foi homenageado por seu trabalho e dedicação. O professor agradeceu a homenagem, mas explicou que aquele não era seu maior presente. “Meu presente maior é poder encontrar vocês, e sei que vou encontrar, em posições de destaque e como cidadãos de bem. Então, poderei dizer que entrei em uma sala de aula e pude ensinar a vocês”, finalizou.

A intervenção na comunidade da Federação fecha o primeiro ciclo de turmas do projeto, que também atuou nas comunidades de Fazenda Coutos e Nordeste de Amaralina.O projeto agora está em fase de inscrição para novas turmas, e jovens de outras duas comunidades (Águas Claras e São Caetanos) terão a oportunidade de participar.