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Famílias começam a receber assistência técnica agrícola

Beneficiários recebem, durante a assistência técnica, sementeiras e sementes que serão cultivadas nos quintais produtivos

As famílias beneficiárias do Projeto Segurança Alimentar para o Semiárido de Pernambuco começam a receber a primeira visita da equipe responsável por acompanhar e realizar a assistência técnica dos quintais produtivos. Uma dessas visitas foi realizada nesta quarta-feira (03) no município de Jupi, uma das primeiras cidades a receber as assistências técnicas que serão estendidas aos municípios de Lajedo, Calçado, Caetés e Garanhuns (PE).

Em cada visita, a equipe da AVSI Brasil – composta por um engenheiro florestal e um técnico agrícola – leva para as famílias uma sementeira para hortaliças e sementes de rúcula, cebolinho, pimentão, milho, coentro, alface, couve, melancia, feijão guandu e feijão de porco.

A expectativa é que as famílias pratiquem os conhecimentos produzidos nas oficinas sobre agroecologia e defensivos naturais promovidas pelo Projeto. A agricultora D. Maria do Socorro Pereira Cordeiro, de 55 anos, do Sítio Mulungu, ficou bem feliz com a entrega das sementes e deseja colocar em prática tudo o que aprendeu. “Participei das oficinas e achei muito bom. Aprendi bastante”, lembra.

As famílias também aproveitam o momento da entrega das sementes para tirar dúvidas e ter mais informações sobre como melhorar seu quintal. “Em dois meses, dependendo do cuidado das famílias as frutas, verduras e hortaliças poderão ser cultivadas e consumidas pelas famílias”, explica Fábio Pereira, técnico agrícola da AVSI Brasil.

Alimentar-se das culturas produzidas no seu quintal é uma realidade para Josefa Elenilde Lourenço (35), da comunidade de Boi Morto, mas a agricultora acredita que a alimentação melhorará e poderá gerar renda para sua família. “Consegui vender meus coentros na feira, mas tudo o que eu planto eu consumo e tenho a certeza de que tudo é sem veneno”, revela.

A D. Iracema Galdino da Coneição (44) e o Seu Genival João da Silva (53) estavam empolgados com o novo quintal produtivo. Em meio à visita de entrega das sementes e às explicações sobre como melhor aproveitar a área e os instrumentos de cultivo, o casal era só satisfação.

“Não vou plantar no final do quintal produtivo por causa dos bichos que podem comer as plantas. Podem ficar sossegados. Mas vou incrementar. Vou levar essa banana baié [ou nanica] para plantar no quintal e aproveitar a queda d’água. Tem que trabalhar para produzir e não para pegar novas sementes”, explicou o agricultor todo animado.

A D. Iracema também têm planos para a nova área de cultivo. “Afe! Vai ser muito bonito quando tudo ficar pronto. Já vi outros bioáguas por meio de fotos e nas oficinas. Quero plantar outras coisas além das sementes que vamos ganhar”, planejou.