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Troca de experiências fortalece trabalho no âmbito da migração e interiorização de venezuelanos

O intercâmbio de conhecimento entre Boa Vista (RR) e Rio de Janeiro é fruto de uma parceria que acontece desde 2019

Com o objetivo de aprofundar o entendimento sobre as experiências vividas pelos refugiados e migrantes antes do último passo rumo à busca por trabalho, aluguel de casas e inserção na sociedade brasileira, Leandro Mendes, coordenador do Centro de Interiorização Rondon 2 localizado em Boa Vista (RR), visitou o abrigo Aldeias Infantis no Rio de Janeiro (RJ).

A visita, fruto da parceria que acontece desde 2019, visa otimizar as ações do Rondon 2, que tem focado suas atividades na preparação laboral dos venezuelanos para interiorização. Através das informações colhidas junto ao Aldeias Infantis, será possível direcionar o trabalho e melhor preparar os workshops nos abrigos em Roraima para que os venezuelanos tenham amplo conhecimento sobre aspectos trabalhistas.

“Toda a equipe está focada em preparar os beneficiários para o processo de interiorização. Neste sentido, temos o Impulsionando Carreiras, uma ação que inclui a confecção de currículos, orientação vocacional, preparação para entrevistas e como se portar em um ambiente de trabalho. Também estamos trabalhando para um maior entendimento sobre documentações necessárias para validações de diplomas e leis trabalhistas no Brasil”, conta Leandro Mendes.

O intercâmbio foi realizado em contato com Ana Cristina Nunes, coordenadora do abrigo Aldeias Infantis. Através de sua experiência, a profissional indicou pontos de dúvidas recorrentes que podem ser aprofundados nas sessões informativas dos abrigos de Roraima, a exemplo das leis trabalhistas nacionais e direitos essenciais.

Sobre a parceria

A interiorização promove o deslocamento voluntário de venezuelanos de Roraima e Manaus para outras Unidades da Federação, a fim de promover sua inclusão socioeconômica e integração local. Neste sentido, o ACNUR conta com a parceria e organizações civis e governamentais.

Em relação ao Aldeias Infantis, um beneficiário interiorizado pode permanecer nesse abrigo até 90 dias, com possibilidade de extensão do prazo em situações específicas. Dentro desse tempo, a expectativa é que os venezuelanos acolhidos busquem trabalho, aluguel e o necessário para levar suas vidas adiante de forma independente no Brasil.