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Beneficiários participam de oficina sobre o sistema de bioágua familiar

Oficina esclarece o uso e a manutenção do sistema que reaproveita águas cinzas

As famílias beneficiadas com o bioágua, tecnologia social que reaproveita águas cinzas, participaram de uma oficina sobre uso e manutenção do sistema. A atividade foi realizada na última quinta-feira (09), no Assentamento Rural Pereiro I, em Lajedo (PE). Os demais municípios atendidos pelo projeto de Segurança Alimentar para o Semiárido de Pernambuco também receberão a oficina. 

A oficina tem por objetivo repassar aos beneficiários instruções de uso e manutenção, reforçando o bom funcionamento da tecnologia social de convivência com o semiárido pernambucano. Segundo Adriana Gouveia, responsável pelo componente de Obras e Mobilização do projeto, a maioria dos agricultores só conheceu a tecnologia durante as reuniões de mobilização nos quatro ou cinco encontros realizados.“Agora, eles vão conviver com o sistema cotidianamente e precisam estar realmente cientes do seu funcionamento. É preciso despertar neles a responsabilidade de operar o sistema”, frisou.

Todos os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e ver como deve ser feita a limpeza correta e manutenção de cada parte construtiva da tecnologia. “Gostei muito. Aprendi a limpar os garfos”, comentou o agricultor Cassimiro Firmino dos Santos. O facilitador Ermerson Maia Silva, representante da Hidrocon Construtora & Cia Ltda, empresa contratada para construir os 130 sistemas de bioágua familiar do projeto, repassou para os agricultores a importância da limpeza e dos cuidados necessários com cada parte construtiva da tecnologia. 

A tecnologia

O bioágua familiar é uma tecnologia social desenvolvida pelo projeto Dom Hélder Câmara (vinculado ao Ministério da Agricultura com apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura, e também do Global Environment Facility – GEF), em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e a ONG Atos.

O sistema capta as águas utilizadas na casa e as filtra, para que sejam destinadas à irrigação de quintais produtivos. Sua parte construtiva é composta por uma caixa de gordura, dois tanques (filtro biológico e de armazenamento), instalação elétrica (motobomba), e instalação hidráulica (tubulação para sistema de irrigação).

A limpeza e a manutenção desses equipamentos são fundamentais para a qualidade da filtragem. “Assim como temos o filtro de água em casa e temos que limpar a vela do filtro, também temos que limpar o filtro do bioágua”, comparou o assistente de projeto da AVSI Brasil, Milton Moreira. A água que irriga frutas, verduras e hortaliças dos beneficiários é proveniente do bioágua e todo o cuidado é essencial para ter alimentos mais saudáveis e longe de qualquer contaminação.