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Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho: uma cultura que começa nas pessoas

Técnicos de segurança da AVSI Brasil refletem sobre os desafios e práticas que transformam a prevenção em cultura organizacional.

Por: Tayna Silva

No Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado em 28 de abril, vale a pena parar e fazer uma pergunta simples, mas poderosa: o que tem sido feito para garantir que todas as pessoas voltem para casa em segurança ao fim do expediente?

Na AVSI Brasil, a resposta está em três pilares: procedimentos, ambiente e, o mais desafiador, o fator humano. Como resume Josiel Lobo, técnico de Segurança do Trabalho, em sua entrevista para o segundo episódio da terceira temporada do AVSI Cast: “Podemos ter os melhores EPIs, os melhores treinamentos, mas se o colaborador não estiver conscientizado, o acidente vai acontecer da mesma forma.”

É por isso que a cultura da prevenção precisa ser praticada todos os dias — e com todos. Segundo Joziel Machado, também técnico da AVSI, “a gente tem que aplicar metodologias educativas e didáticas para que os colaboradores entendam que o processo é educativo”. Ou seja, segurança não é só regra, é construção coletiva.

Essa construção já tem base sólida na AVSI. O controle da emissão de fumaça preta dos veículos a diesel, a coleta seletiva, o cuidado com os resíduos e suas consequências ambientais são algumas das ações sustentáveis implantadas para proteger não só os trabalhadores, mas também o meio ambiente.

Na prática, a segurança começa no detalhe: luva certa, máscara adequada, calçado específico. Isso está na NR6, norma que orienta o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Mas a norma, como reforça Machado, é “uma faca de dois gumes”. De um lado, a instituição fornece, treina e fiscaliza. Do outro, o trabalhador precisa usar, cuidar e entender o porquê daquele equipamento.

A AVSI também aposta em saúde integral. Programas como ginástica laboral, palestras em EaD para alcançar inclusive os colaboradores em campo, ações nutricionais e a criação da CIPA e da CIPAT são parte desse esforço de engajar e expandir. “Nossa intenção é alcançar todos, seja nos escritórios, seja em campo”, destaca Lobo.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2023, o Brasil registrou 499.955 acidentes de trabalho, resultando em 2.888 mortes. Isso representa uma média de quase 8 mortes por dia. Os setores mais afetados incluem a construção civil e o transporte rodoviário de Cargas e Passageiros, com causas principais relacionadas a quedas de altura, soterramentos, choques elétricos e fadiga dos motoristas devido ao excesso de jornada.

Por isso, falar de segurança no trabalho não é só cumprir norma — é falar de cuidado, de prevenção, de futuro. É reforçar que segurança é responsabilidade compartilhada. Como bem resumiu Josiel Lobo: “Não é só no trabalho. É em casa, no trânsito, no lazer. Segurança precisa estar presente em tudo.”