Cozinha limpa (clean cooking), reflorestamento, educação ambiental, finanças de carbono, gestão de resíduos orgânicos com base na bioeconomia circular e inclusiva, planejamento urbano sustentável e soluções baseadas na natureza. Esses são apenas alguns dos temas que a Fundação AVSI e a AVSI Brasil levarão à 30ª Conferência das Partes (COP30), o mais importante evento internacional dedicado às negociações e ações de enfrentamento às mudanças climáticas, que será realizado em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro.
Na COP30, a AVSI, que há mais de 50 anos promove o desenvolvimento humano integral e sustentável em mais de 40 países, apresentará boas práticas e recomendações resultantes de programas multissetoriais implementados em campo, a partir da convicção de que as questões ambientais, a transição ecológica e as mudanças climáticas são desafios que devem ser enfrentados de forma sistêmica e colaborativa, sem jamais se dissociar do desenvolvimento humano.
Em suas ações relacionadas ao meio ambiente e às mudanças climáticas, a AVSI reafirma o apelo do Papa Francisco na COP23 (2017), que convidou todos a um diálogo livre e plural sobre o modo como estamos construindo o futuro do planeta, evitando o risco de posturas ideológicas:
“O desafio ambiental que vivemos, e suas raízes humanas, dizem respeito a todos nós” (Laudato si’, 14).
“A participação da AVSI na COP30, explica Giampaolo Silvestri, secretário geral da Fundação AVSI, em uma edição particularmente desafiadora pela sua localização, expressa o forte compromisso que temos com o tema das mudanças climáticas. Para nós, trata-se de uma área transversal de política institucional, que atravessa quase todos os setores de atuação e impacta todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A cada ano, cerca de 60 a 70% dos nossos projetos incluem ações de mitigação e/ou adaptação climática.”
“A AVSI está presente há 43 anos na América Latina, detalha Fabrizio Pellicelli, diretor regional da AVSI para a América Latina e presidente da AVSI Brasil, e, nesta região, fortemente afetada pelos efeitos das mudanças climáticas, trabalhamos para assegurar proteção social às populações vulneráveis mais impactadas, apoiamos as cidades na formulação de estratégias de adaptação climática com uma abordagem inclusiva e sustentável. No campo da mitigação, implementamos programas de eficiência energética em parceria com o setor privado e promovemos, na Amazônia Legal, práticas de gestão sustentável de resíduos orgânicos baseadas nos princípios da bioeconomia circular e da inclusão social, contribuindo para a redução das emissões de CO₂.”
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Conheça a seguir a programação completa da participação da AVSI na COP30:
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Quarta-feira, 12 de novembro, às 16h15 – Soluções baseadas na natureza e conduzidas localmente: lições da África e da América Latina para a ação climática global | UNFCCC, Zona Azul
Organizado em colaboração com a ACDI, entidade fundadora da AVSI na Argentina, com a AVSI Brasil, a organização internacional Fauna & Flora e a Fundación Gran Chaco, este painel reunirá lideranças africanas e latino-americanas para apresentar como estabelecer parcerias que impulsionem soluções baseadas na natureza — ou seja, intervenções que utilizam elementos naturais e ecológicos para enfrentar desafios sociais e ambientais, articulando metas nacionais com o fortalecimento da resiliência climática e econômica.
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Quarta-feira, 12 de novembro, às 16h15 – Territórios em ação: coordenação municipal e multissetorial para a ação climática | Pavilhão do Brasil, Zona Verde.
Promovido pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos do Brasil (FNP) e com a participação da AVSI Brasil, de representantes de prefeituras brasileiras, da Associação dos Governos Locais da África do Sul (SALGA), do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o evento destacará como a cooperação entre governos locais, setor privado e sociedade civil tem gerado resultados concretos no Brasil para o cumprimento dos compromissos climáticos do país.
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Quinta-feira, 13 de novembro, às 17h30 – Comunidade e meio ambiente: da educação à ação | Pavilhão Italiano “Made of Future”, Zona Azul
Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e da Segurança Energética (MASE) da Itália, o diálogo será centrado em um projeto da AVSI em Ruanda, escalável e baseado em uma abordagem integrada. O debate apresentará um modelo que envolve comunidades rurais e jovens na promoção de comportamentos sustentáveis e em ações de adaptação climática por meio da educação ambiental em escolas e comunidades, associada ao desenvolvimento de green business — como sistemas de cocção mais eficientes, viveiros e reflorestamento — por meio de cooperativas juvenis.
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Quinta-feira, 13 de novembro, às 20h00 – Finanças de carbono e novas regras sobre integridade e transparência: qual o futuro do clean cooking na África? | Pavilhão AquaPraça
Organizado em colaboração com a Direção-Geral para a Cooperação ao Desenvolvimento (DGCS) do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália (MAECI), o evento discutirá como os mecanismos de finanças de carbono, quando bem estruturados, podem mobilizar recursos e parcerias para projetos de alto impacto, assegurando transparência e benefícios ambientais, econômicos e sociais. O painel apresentará estratégias concretas, boas práticas e recomendações para direcionar a demanda por compensações de carbono a iniciativas sustentáveis e inclusivas.
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Quinta-feira, 20 de novembro – A experiência do primeiro Centro de Compostagem de Resíduos Orgânicos (CETRO-BV) na Amazônia Legal | Arayara Amazon Climate Hub, Zona Verde
Organizado pela AVSI Brasil, em parceria com o Instituto Pólis, a Prefeitura de Boa Vista (RR), a Associação Amazônia Ecologia Integral (AAEI) e outras instituições, o evento apresentará a primeira iniciativa de compostagem urbana em larga escala na região da Amazônia Legal brasileira. A ação promove bioeconomia circular, inclusão social e mitigação climática, no âmbito da política pública de gestão de resíduos urbanos de Boa Vista, reduzindo as emissões de CO₂ e produzindo adubo orgânico para aumentar a produtividade agrícola de famílias indígenas e não indígenas.
