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Camaragibe Melhor faz balanço de contratação de aprendizes

Com empresas diminuindo quadro, equipe se empanha para alcançar meta de inserção no mercado

O projeto Camaragibe Melhor tem como meta inserir 180 jovens no mercado de trabalho por meio da Lei de Aprendizagem. Ao todo, 80 jovens já foram inseridos como aprendizes em diferentes áreas.

Segundo a gerente de projetos, Iará Simis, que atua no acompanhamento dos jovens aprendizes, a meta de inserir mais 100 jovens diante do contexto econômico atual é desafiadora. “A retração do mercado em 2015 fez com que menos aprendizes fossem contratados, pois a cota obrigatória de aprendizes é proporcional ao número de funcionários das empresas. Se há uma diminuição no índice de funcionários haverá uma diminuição no quantitativo de aprendizes”, explicou.

Segundo a Lei nº 10.097/2000 e o Decreto nº 5.598/2005, todas as empresas de médio e grande porte devem ter em seu quadro de funcionários uma porcentagem de 5% a 15% de aprendizes com base nas funções que demandem formação profissional de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

No Projeto Camaragibe Melhor, a área que mais tem absorvido jovens aprendizes é a construção civil. Os cursos profissionalizantes de pedreiro e de eletricista formaram juntos 68 jovens, o equivalente a 85% do total de jovens inseridos no mercado de trabalho. Os cursos nas áreas administrativa e de vendas e logística absorveram 12 jovens.

A oportunidade de ser aprendiz de auxiliar administrativo tem feito a diferença para Débora Raiane de Oliveira, de 19 anos. Ela conta que em alguns momentos de dificuldades conseguiu praticar o que estudou na teoria durante o curso que foi realizado na Fundação Fé e Alegria. “Isso era o mais legal, dava certo”, comemorou a jovem aprendiz de auxiliar administrativo que afirma, com alegria, o que mais gosta no trabalho: se sentir útil.

Já a aprendiz de logística, Rosineide dos Santos, de 21 anos, afirma que um dos grandes desafios na empresa onde está atuando é lidar com a falta de ajuda de alguns colegas. Ela percebe, por um lado, a existência de alguns colaboradores que não estão disponíveis para tirar dúvidas e, por outro, colegas mais abertos. Para ela, têm sido uma oportunidade valiosa para o crescimento pessoal. “Mesmo com essa dificuldade, percebo que estou mais solta e tenho mais iniciativa para mexer no sistema para aprender mais”, avaliou Rosineide, que afirma surgir daí o interesse em cursar a faculdade de logística. 

Para tentar aumentar os índices de contratação, Iará Simis explica que a equipe do projeto atualizou o cadastro dos jovens e tem incentivado que esses façam seus cadastros nas entidades formadoras e profissionalizantes. Um grupo em uma rede social foi criado e tem sido atualizado semanalmente com informações de seleções e vagas para aprendizes. Atualmente mais de 50 jovens do projeto estão em busca de oportunidades para se tornar um aprendiz.