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Encontro Formativo aborda o envelhecimento ativo

Com população cada vez mais idosa, envelhecer e se manter ativo é um desafio

Basta um olhar mais atento e apurado para perceber que a população brasileira está cada dia mais velha. Com o objetivo de discutir essa realidade, o projeto Camaragibe Melhor realizou, nesta quarta-feira (28), o 16º Encontro Formativo sobre envelhecimento ativo. O evento foi promovido no auditório da Prefeitura Municipal de Camaragibe (PE) e reuniu representantes da sociedade civil organizada, órgãos estaduais e municipais e equipe técnica da AVSI Brasil.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o país está vivendo uma tendência de envelhecimento. Segundo a pesquisa, o número de pessoas no Brasil acima de 60 anos continua crescendo: de 12,6% da população, em 2012, passou para 13% no ano passado. Já são 26,1 milhões de idosos no país. A mudança de perfil populacional tem gerado opiniões divergentes e o surgimento de iniciativas que valorizam e defendem essa parcela crescente na sociedade.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Camaragibe, Zelma Loureiro, foi a convidada para facilitar a abordagem da temática sobre o envelhecimento ativo e como os idosos podem chegar à senescência, processo natural de envelhecimento, de maneira saudável e natural. Loureiro iniciou o Encontro com uma dinâmica para movimentar os participantes e também quebrar o gelo. A proposta deu certo. Todos os participantes colaboraram e deram as suas opiniões sobre o tema.

A gerente geral da AVSI Brasil em Pernambuco, Ana Bianchi, refletiu que a velhice depende muito da percepção de cada indivíduo e do seu estado de espírito e lembrou que as cidades e o mercado de trabalho no Brasil ainda estão muito voltados para a juventude. “Na Europa, os idosos são independentes e no Brasil essa fase está associada à solidão”, comparou. A representante da coordenadoria da mulher municipal Carmem Pereira, de 53 anos, afirma que os mais velhos não são valorizados como deveriam, mas sabe da importância das pessoas mais velhas. “Muitos jovens não querem nos ouvir, mas somos maduros e experientes. Temos a experiência a nosso favor”, argumentou.

Embora uma minoria acredite que o mundo é das pessoas mais velhas, a maioria dos representantes de associações defenderam o equilíbrio, a saúde e o bem-estar dos idosos como principais desafios a enfrentar. “O envelhecimento ativo compreende a busca de uma vida com qualidade. Sinto-me agraciada e contemplada com esse encontro e com esses depoimentos”, revelou a facilitadora. Além de destacar a importância do exercício físico, Zelma Loureiro também pontuou sobre a importância da socialização, a busca contínua do conhecimento, de ter relações afetivas, da motivação, da solidariedade e do bom humor para levar uma vida ativa em qualquer etapa da nossa vida.