Anuncio

Método APAC ganhará Centro Internacional de Estudos

Cerimônia de lançamento da obra reuniu parceiros empenhados na garantia dos direitos humanos

Queremos que esta seja uma obra a serviço da cidade de Itaúna, dos nossos estados brasileiros e dos demais países que estão, assim como nós, buscando uma alternativa aos graves problemas do sistema prisional”. Com esta declaração, Valdeci Antônio Ferreira, diretor-executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), deu início à cerimônia de lançamento da obra de construção da nova sede da FBAC e do Centro Internacional de Estudos do Método APAC (CIEMA), no último sábado, na cidade de Itaúna, em Minas Gerais.

No local, para sinalizar materialmente a área de construção, foi colocada a “Pedra Fundamental”, com uma frase do criador do método APAC, Mário Ottoboni: “Ninguém é irrecuperável”. A obra possibilitará um salto de qualidade e difusão do método APAC.

Estiveram presentes na cerimônia autoridades representantes do Governo de Minas Gerais, da Câmera dos Vereadores, do Fórum e da Ordem dos Advogados de Itaúna, instituições religiosas e parceiros das APACs, como a AVSI Brasil.

Centro de Estudos

O Centro Internacional de Estudos do Método APAC será um espaço apropriado para recepcionar pessoas de todo o mundo, engajadas com a defesa dos direitos humanos, que desejam receber formação adequada, aprofundar e ampliar a experiência.

Uma parcela da construção será possibilitada pelo projeto Superando Fronteiras, que tem como objetivo fortalecer o método APAC e expandir para Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo e Paraná. A iniciativa conta com o financiamento da União Europeia e realização de entidades parceiras: AVSI Brasil, Fundação AVSI, Instituto Minas pela Paz e FBAC.

APAC

As unidades prisionais APAC tratam-se de presídios diferenciados pela promoção da dignidade da pessoa. A proposta consiste na realização de um percurso de ressocialização de condenados.

Essas unidades são caracterizadas pela ausência da polícia e de armas dentro da estrutura penitenciária, contando com a presença de funcionários civis e voluntários da sociedade para realizar as atividades. Outro diferencial está no custo de manutenção. Segundo dados do Ministério Público, uma APAC se mantém com um terço do recurso necessário para manter um presídio tradicional.

A quantidade de reclusos nas APACs ainda não atinge 2% da população carcerária de todo o país e a sua expansão poderá possibilitar o alcance de maior número de condenados que cumprem pena nos estabelecimentos prisionais, reforçando a defesa dos direitos humanos.