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O rosto do refugiado: conheça a história de Jeancarlos Asbel

O rapaz que na Venezuela era médico decidiu migrar para o Brasil para proporcionar melhor qualidade de vida para a filha de 1 ano

Jeancarlos Asbel tem 39 anos, é casado e tem uma filha pequena. No seu país natal, a Venezuela, trabalhava como médico clínico geral, mas, devido à crise humanitária instaurada e com os valores dos produtos aumentando, o venezuelano decidiu migrar para o Brasil em busca de melhores oportunidades de vida para o crescimento da filha.

“Até para mim, como médico, era difícil viver com dignidade, pois no dia a dia os produtos iam aumentando e o poder aquisitivo diminuindo. Precisava pensar no seu futuro e por minha filha de 1 ano e 10 meses, eu e minha esposa decidimos vir para o Brasil”, conta.

Antes da vinda para o Brasil, a família ainda chegou a passar alguns meses morando na casa dos pais do rapaz. Durante este tempo, ele e a esposa pesquisaram por lugares para qual poderiam migrar e escolheram o Brasil por ser um país de grande extensão territorial.

Depois de atravessarem a fronteira, a família ficou durante três meses na casa de familiares da esposa, em Boa Vista. “Chegamos ansiosos e com grandes expectativas e vontade de seguir em frente. Fizemos o cadastro para entrar no abrigo na rodoviária, mas, atualmente, moramos no abrigo Rondon 1”.

No centro de acolhida, Jeancarlos participa das atividades de carpintaria, infraestrutura e alimentação, mas não esquece das raízes e também atua colaborando com o setor de saúde do abrigo. “Meu objetivo é trabalhar como médico. Sei que o processo de reavaliação de documentos é difícil, mas também sei que não é impossível”, destaca.

Para o futuro, o rapaz se mostra esperançoso: “já tiraram muitas coisas de nós, mas nunca poderão tirar nossos sonhos”, afirma. Agora, ele espera conseguir um emprego para poder seguir em frente com a sua família e poder proporcionar um futuro de qualidade para a filha. “Estou feliz e grato pela ajuda do Brasil e das organizações que apoiam os venezuelanos. Devemos olhar para o futuro e não mais para trás”.