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Projeto de Segurança Alimentar incentiva participação da comunidade

Projeto de Segurança Alimentar incentiva participação da comunidade

A agricultora, mãe de três filhos, sendo um recém-nascido, D. Maria Joselma Ramos de Amorim, de 30 anos, abraça com toda a família o projeto Segurança Alimentar no Semiárido de Pernambuco. Para conseguir conciliar os seus afazeres domésticos, com o cuidado da sua propriedade rural, que acaba de receber a tecnologia do bioágua, Joselma conta com a ajuda do seu filho mais velho, Aldo David Ramos de Amorim, de 13 anos.

O jovem, que mora no sítio Mulungu, em Jupi, não conhecia a tecnologia, mas se encantou ao participar de uma reunião de apresentação do projeto no Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDR) do município. “É muito criativo, nunca ouvi falar disso por aqui. Essa coisa da água ser reutilizada ajuda muito o meio ambiente e ao invés dessa água estar sendo desperdiçada ou indo para os rios ela vai para as frutas e verduras”, explica o motivo do seu encantamento pela tecnologia desenvolvida pelo Projeto Dom Helder Câmara.

O estudante, tímido, conta que tem uma participação ativa na sua comunidade e participa das reuniões do CMDR e do grupo de jovens da igreja. A mãe é só orgulho. “Estou tão feliz. Eu vejo as crianças por aí nas drogas, perdidas. Ele é envolvido e quando chega da reunião chega empolgado. Está interessado, graças a Deus”, orgulha-se a mãe.

Durante todo o período de construção, a mãe afirma que era David quem trazia as novidades sobre o bioágua para a família. “Desde o começo do projeto que ele acompanha junto com os pedreiros e sempre me informava o que estava acontecendo. Estava de resguardo quando a construção começou e não pude acompanhar. Era ele quem informava todas as etapas”, destaca Maria Joselma.

David, como é chamado pela mãe, está envolvido mesmo. Para mostrar que sabe mesmo como funciona a tecnologia, explicou para a equipe do projeto como se constrói um bioágua e não errou nada. “Fizeram o buraco, colocaram forro, o piso, né? Depois os tijolos, e colocaram a brita, areia, pó de serra e o minhoqueiro em cima, a água é jogada em outro tanque e desse outro tanque é jogada por uma bomba para os leirões”, respondeu prontamente.

A união e o envolvimento da família nesse processo são fundamentais para que a tecnologia funcione corretamente. A limpeza semanal dos filtros, a manutenção semestral dos tanques e o cuidado com os leirões e com o sistema de irrigação são atividades que precisam ser abraçadas por, no mínimo, um integrante da família. No Sítio Mulungu, a expectativa do projeto é que a família Ramos de Amorim, com a ajuda do David, possa vivenciar todos os benefícios da tecnologia.  O envolvimento da comunidade é fundamental para o sucesso do projeto.