Anuncio

Estudantes, pais e professores são capacitados como agentes de mudança para atuar por um retorno seguro às escolas

UNICEF e AVSI Brasil realizam formação com representantes da comunidade escolar para atuar na adoção de novos comportamentos e controle do coronavírus

Estudantes, pais e professores da comunidade escolar de 12 municípios dos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco serão capacitados para desempenhar o papel de agentes de mudança e atuar ativamente por hábitos e comportamentos que sejam aliados do retorno presencial e seguro às escolas. A ação visa estimular a mobilização comunitária como um pilar fundamental para a convivência com a pandemia no ambiente escolar. A iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) faz parte do projeto de Resposta à Covid-19 no Semiárido Brasileiro, realizado em parceria com a AVSI Brasil.

Em Pernambuco, os municípios que receberão a formação dos atores e lideranças locais das comunidades escolares serão Riacho das Almas, Jataúba, Serra Talhada, Lagoa dos Gatos e Recife. Já na Bahia, a formação acontecerá nos municípios de Uruçuca, Aurelino Leal, Ilha de Maré (Salvador), Simões Filho e Wenceslau Guimarães. Em Minas Gerais, os municípios serão Cônego Marinho e Lassance. Todos esses municípios foram contemplados pelo projeto com a doação de kits de higiene e de comunicação para o apoio no retorno seguro às aulas presenciais.  

Na capacitação de agentes de mudança, a proposta é criar um espaço para o diálogo, culminando no compromisso com as aulas presenciais a partir da disseminação de hábitos de prevenção à covid-19 e informações de qualidade. Os agentes, voluntários já identificados e convidados a participar, terão a missão de criar consciência em outras pessoas sobre a importância dos novos hábitos de controle do coronavírus e deverão estar atentos a informações incorretas circulando na comunidade. No encontro, eles também irão criar um plano de trabalho para engajar outras pessoas.

 Vanessa Alonso, gerente de Projetos da AVSI Brasil, explica que o objetivo da formação é preparar professores, familiares, crianças e adolescentes para o retorno e convivência seguros no ambiente escolar. “O retorno às aulas presenciais, e uma convivência segura no ambiente escolar, passam pela adoção de protocolos de higiene e comportamentos adequados, como o distanciamento social, o uso correto das máscaras faciais, e a higienização frequentes e corretas das mãos. Para essa mudança de comportamento e adoção de práticas seguras, o envolvimento e a participação ativa de membros da comunidade e líderes é imprescindível. Por isso, adotamos metodologias de mobilização comunitária, com uma variedade de abordagens de engajamento para aumentar a conscientização e capacitar indivíduos e grupos para essas ações”, afirmou.

Dados do estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil”, lançado pelo UNICEF, em parceria com o Cenpec Educação, revelam que, em novembro de 2020, mais de 5 milhões de meninas e meninos não tiveram acesso à educação no Brasil – número semelhante ao que o País tinha no início dos anos 2000. Desses, mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos de idade, etapa em que a escolarização estava praticamente universalizada antes da Covid-19. A coordenadora do UNICEF para Bahia, Helena Oliveira, alerta para a severidade dos números.

“Não podemos correr o risco de recuarmos duas décadas na garantia de direitos de meninas e meninos e voltarmos aos números do ano 2000. Precisamos fazer uma busca ativa, ir atrás de cada criança e cada adolescente que está com seu direito à educação negado e reverter essa exclusão, tomando todas as medidas para que estejam na escola, aprendendo. Para isso, o envolvimento e participação da comunidade e atores escolares é imprescindível”, avaliou Helena, reforçando o empenho do UNICEF no apoio aos municípios para a reabertura das escolas e convivência segura no ambiente escolar, garantindo que cada criança e adolescente tenha o seu direito à educação e aprendizados assegurados.

Sobre o projeto

Além de estimular a mobilização comunitária, o projeto tem foco na melhoria do acesso à água e promoção de higiene, capacitação de profissionais de saúde e educação, doação de kits de higiene (incluindo higiene menstrual) e doações de equipamentos como pias, estações móveis de lavagem de mãos e totens de álcool gel para escolas; doações de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde; distribuição de materiais informativos e educativos. A primeira fase do projeto foi realizada de maio a setembro de 2021, já a segunda fase, em andamento, teve início em janeiro e vai até maio desse ano. Em sua totalidade, o projeto alcança 45 municípios nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e Pernambuco, com 420 escolas beneficiadas. Saiba mais em www.unicef.org.br.