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Projeto Boa Vista Acolhedora realiza formação sobre agroecologia com venezuelanos indígenas de abrigo humanitário

Visando apoiar a inserção laboral de venezuelanos indígenas abrigados e incentivar práticas intersetoriais inovadoras e inclusivas voltadas ao sistema alimentar.

No início desse ano, o projeto “Boa Vista Acolhedora: um modelo intersetorial de economia circular e inclusiva” realizou duas formações sobre economia circular, agroecologia e agricultura orgânica, com participantes indígenas venezuelanos do abrigo humanitário Waraotuma A Tuaranoko, da Operação Acolhida em Boa Vista/RR.

Visando apoiar a inserção laboral de venezuelanos indígenas abrigados e incentivar práticas intersetoriais inovadoras e inclusivas voltadas ao sistema alimentar, as formações foram conduzidas pela Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos (EARA) e realizadas em parceria com o projeto Acolhidos por Meio do Trabalho.

“Esse curso de agroecologia tem o intuito de resgatar os costumes que eles já têm, como cultura, e apenas apresentar algumas técnicas e potencializar aquilo que eles já trazem como valores”, conta Débora Sansereth, instrutora EARA.

As aulas teóricas e práticas foram realizadas no Centro de Compostagem de Resíduos Orgânicos de Boa Vista/RR (CETRO-BV), com 40h/aula e 41 participantes das etnias indígenas Warao, Jivi, Pemon e Kariña. Para Jose Hernandez, da etnia Warao, a formação reforçou que adubos químicos podem ser dispensados, afinal, na natureza tudo se aproveita.

A Associação Amazônia Ecologia Integral, que gere o CETRO-BV, também tem como missão contribuir para a educação ambiental e a economia circular no município, além de promover a destinação adequada para os resíduos orgânicos, reciclando-os em adubo orgânico para agricultura.

Sobre o projeto Boa Vista Acolhedora

O projeto Boa Vista Acolhedora busca fomentar o desenvolvimento equitativo, regenerativo e inclusivo na região da Amazônia Legal, em contexto de multiculturalidade e recuperação pós-pandemia COVID-19. A iniciativa é implementada pela AVSI Brasil, com apoio da Fundação AVINA e EARA, financiada pela União Europeia e apoiada pela Fundação Banco do Brasil. Tem como parceiros a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Operação Acolhida e Pacto Global.

Sobre o projeto Acolhidos Por Meio do Trabalho

O projeto Acolhidos Por Meio do Trabalho, financiado pelo Departamento de População, Refugiados e Migração (PRM) do Governo dos Estados Unidos, tem como principal objetivo melhorar o acesso para o trabalho formal a refugiados e migrantes venezuelanos e para a população brasileira mais vulnerável, facilitar a integração socioeconômica de refugiados e migrantes venezuelanos que estão em Roraima, com a realocação voluntária para outros estados do Brasil, ou seja, a interiorização pelo trabalho, com moradia e acompanhamento social, de forma a contribuir com habilidades técnicas (cursos profissionalizantes e de idioma) e facilitar a adaptação de refugiados e migrantes venezuelanos junto à população local e ao novo ambiente de trabalho. Além disso, contribui com a população mais vulnerável por meio da realização de cursos profissionalizantes para brasileiros.